2007-03-17

Page One

Quando era um teenager a musica chegava com dificuldade a este jardim á beira mar plantado , á filtragem da censura juntava-se a inviabilidade económica da novidade num regime totalitário . Das poucas execpções que confirmavam a regra havia um programa radiofónico que estava a anos luz de todo o resto , o Página Um da Rádio Renascença e cujo indicativo musical era precisamente uma musica chamada   Page One    dos Pop Five Music Incorporated . Alguem se lembra dos Pop Five ?

Dou uma ajuda ...

No Porto (e onde mais poderia ser ?) em finais de 1967, formam-se os Pop Five Music Incorporated. A banda era constituída por David Ferreira (órgão Hammond, piano, guitarra e voz), António Brito (baixo, guitarra e voz), Paulo Godinho (voz, teclas e guitarra - irmão de Sérgio Godinho), Álvaro Azevedo (bateria) e Luís Vareta (baixo e voz) , grupo de influências "jazzísticas" próximas da fusão.
No final do ano gravam o seu primeiro disco , que incluía algumas versões próprias de temas dos Beatles, Creedence Clearwater Revival, Traffic e Bee Gees .
O grupo principiou as actuações em Festas e Bailes de Finalistas e tornou-se mais «hard» incluindo temas de Jeff Beck, Chicago e Blood, Sweat & Tears .

Mas neste tema particular , Page One , a formação da banda já se havia alterado , António Brito que muitos hoje conhecem por Tó Zé Brito saira para o Quarteto 1111 e David Ferreira também abandonou. Estas saidas foram colmatadas com a entrada para o piano daquele que até há pouco tempo dirigiu a Orquestra Metropolitana de Lisboa , é verdade , o Miguel Graça Moura , se quiserem saber mais pesquisem ...

Pop Five Music Incorporated




2 Comentários:

Às 19:48 , Blogger Titá disse...

Sabias que o To Ze Brito é que fez a música da Abelha Maia, que na altura era cantada pela agora conhecida Agatha????
Esse To Zé ja deu saltos gigantescos na música portuguesa.

 
Às 00:05 , Blogger Suga_Mentes disse...

Não Titinha , não sabia , aliás sei muito pouco sobre a musica nacional se exceptuarmos os grupos que ia ver quando era puto , os Psico , os Arte e Oficio , Pop Five ,Comuna , depois cresci , tornei-me intelectuasl e deixei de ouvir musica nacional , depois voltei a crecer inscrevi-me no proletariado e compreendi que aqui como em qualquer outro lado a questão é saber separar as aguas , agora que me tornei marxista compreendo que só a musica feita por trabalhadores
tem valor artistico , amanha quando virar anarquista talvez vá compreender que a unica musica de valor é aquele tocada por quem nunca fez nada , esses não foram moralmente corrompidos pelo trabalho , quem sabe um dia virei a pensar que um simples «olá» possa ser a musica mais bonita do universo ?

 

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