(Des)Humanidades do Destino

Mesmo habituados como estamos á crueldade dos homens , muitas vezes ficamos perplexos com a forma como o destino maneja esta virtude dos infernos . O Destino pode ser mau e preverso ... Pode reflectir e encarnar todos os males e frustações humanas , e pode ser insensivel , tao friamente insensivel , que nos faz sentir pequenos e desprotegidos, impotentes perante uma tirania abstracta e sem sentido , até nos obrigar a pensar nos pequenos animais que tantas vezes esmagamos , como aranhas , formigas , mosquitos , seres sem direito á compaixão , pela sua pequenez ... E de repente os papeis invertem-se , alteram-se os padroes da dimensao e da importancia , nas mãos do destino somos todos animais insignificantes , prontos a ser ersmagados ...
E o destino pode de ser sádico , muito sádico , tão sádico que nos pode dar a conhecer a chave da felicidade , só pra nos fazer perceber que nunca estará ao nosso alcance ... Todos já passamos por isto uma vez ou outra , por vezes sózinhos , outras acompanhados , é uma forma de crescer , que certamente todos dispensariamos ...
E é geralmente quando caimos nestes armadilhas tragicas do destino , que temos a verdadeira noção da importancia das coisas e dos valores que lhes atribuimos . Para aqueles cuja piramide dos valores se encontra ainda numa espiral caótica , deixo este tema , que mais que uma musica , é uma atribuição de valores , e o identificar daquilo que deveria ser o topo da piramide , é uma interpretação de Joe Pass e Ella Fitzgerald do tema « Nature Boy » ...

Esta musica é dedicada a todas as vitimas das partidas da lógica abstracta do destino, e da sua crueldade fria , e haja fé , apesar do destino poder ser muito mauzinho , a verdade é que geralmente por cada porta que nos fecha , nos abre duas ...


LINK **** Nature Boy , Joe Pass e Ella Fitzgerald